OS FARRAPOS

 



Lá pelos Pampas Gaúchos

existe um povo hospitaleiro.

Mantém a chaleira no fogo,

e vai passando o chimarrão,

que roda de mão em mão,

como manda a tradição.

E na conversa que se ouve

é contada a história,

de um povo que lutou

com honra e glória

contra uma constituição,

imposta por D.João I,

então Rei de Portugal,

que cobrava pesados impostos

por tudo que era produzido

naqueles pampas gaúchos.

O povo era valente e destemido

e não aceitava ser coagido.

Queria ver a autonomia ser restabelecida.

E para isso lutaram com muita garra,

sem roupa apropriada

e com as armas de que dispunham.

A luta foi demorada

e por dez anos prolongada.

As roupas viraram farrapos,

mas os homens que as vestiam lutavam com valentia

e não esmoreciam diante da batalha que se erguia.

A carne,o charque e o sal, era tudo do que viviam,

e os impostos consumiam

grande parte do que produziam.

As terras eram a ambição

de outras duas nações,

que queriam se apropriar

do nosso pedaço de chão.

Portugal e Espanha,

entraram em luta acirrada,

queriam fazer desta terra

uma colônia para a sua exploração.

Mas foi tudo em vão.

O gaúcho tomou as rédeas

e lutou até a exaustão:

Tornou o Rio Grande livre

de toda a opressão.

É um povo que se orgulha

do seu passado ilustre.

Tantos homens perderam a vida,

na luta por liberdade.

Com orgulho e gratidão,

honramos a estes Farrapos

que defenderam os seus ideais 

e toda uma nação.
            
                                     



Débora Benvenuti


Dedicado ao Povo do meu Rio Grande do Sul

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