A Solidão era um ser imprevisível.
Aparecia sempre nos momentos mais inesperados, às vezes durante o dia, muitas
vezes à noite. O Pensamento estava sempre vigilante, pois temia que a Solidão
tivesse maus pensamentos e fizesse algo do que pudesse se arrepender. Como
Solidão, muita solidão sentia e não tinha com quem conversar, pois sempre que
aparecia, ninguém a queria ouvir. Sentia muitas saudades do Amor que tivera um
dia, mas sempre que pensava nele, entristecia. O Pensamento era quem a
consolava, nas horas mais tristes do dia, mas mesmo ele muitas vezes também
ficava pensativo. Lembrava de todos os momentos em que estivera em busca do
Amor, sem jamais tê-lo encontrado e assim pensando, tentava consolar a Solidão,
dizendo a ela que o Amor com quem sonhara, um dia estaria de volta e então
nunca mais seria solidão...
Débora Benvenuti
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