O FANTASMA DA SOLIDÃO

 



O fantasma da solidão

assola o meu coração.

Quando a noite cai,

 eu me sinto só,

na escuridão.

Observo as folhas das árvores

fazendo sombras na janela

e a lua lá fora,

ainda bela,

me lembra quantas noites

eu fiquei a tua espera.

O espectro da noite

lança sombras na parede.

Imagens gigantescas se formam,

como se fossem grandes braços a envolver-me.

Escondo-me embaixo dos lençóis,

esperando que a sombra vá embora.

Mas por mais esforço que eu faça,

percebo que tudo é em vão.

A sombra vem e me abraça,

com tanta força,

que eu não consigo me desvencilhar desse abraço,

 que me sufoca e me mata.

Sinto as forças se esvaindo lentamente.

O suor a escorrer-me pelo corpo.

Agonizo.

Me debato inutilmente

e desfaleço nos teus braços...

Solidão.


Débora Benvenuti

Comentários