O Amor estava apaixonado pelo Coração há muitos anos e com ele convivia diariamente, sempre preocupado com os sentimentos do Coração. Depois que descobriu a sua fragilidade, fazia o impossível para evitar qualquer aborrecimento. Depois dessa descoberta, o Amor se tornou mais cauteloso com as emoções que podiam causar ao Coração e com o passar do tempo, o que sentia pelo Coração, era uma amizade sólida e verdadeira, que o impedia de tomar qualquer decisão, apesar do grande sentimento que nascera entre ele e outro Coração Solitário. Os dois sonhavam em viver um grande amor, mas o sentimento de culpa que o Amor sentia pelo Coração, não o deixava sequer sonhar acordado. Até que um dia, o Coração partiu para a eternidade, deixando o Amor desorientado, pois apesar de tudo, nutria grande sentimento pelo Coração, que havia lhe dado um filho, que mesmo adulto, era tudo o que restara desse amor. Pensou no Destino, que o fizera fiel companheiro desse Coração que partira, e que agora o esperava para trilharem juntos, uma nova estrada. O Destino o espreitava a cada esquina e o Amor não se sentia à vontade para tomar qualquer decisão. Seria medo? Seria sentimento de culpa? Ou seria falta de coragem de seguir o Destino onde quer que ele o levasse?
A dúvida convivia com o Amor a todo o instante e ele se sentiu desorientado. Seria certo recomeçar a vida ao lado do Coração Solitário? Será que isso era isso que o Destino queria que ele entendesse?
Com uma incrível sensação de “não sei o que faço agora”, o Amor fechou as janelinhas do Destino e ficou aguardando que o próprio Destino decidisse o que fazer por ele.
Débora Benvenuti
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